O conhecimento sobre os requisitos luminosos básicos e avançados para uso de lâmpadas fluorescentes em aquários com plantas vivas apresenta-se atualmente bastante evoluído, especialmente quanto a disposição de modelos de fluorescentes com ondas espectrais úteis para a fotossíntese das plantas atendendo as exigências das diversas espécies bem como as diversas condições financeiras dos aquaristas.
Mas esse quadro nem sempre foi assim: Em meados da década de 90 as lâmpadas mais populares ainda eram as fluorescentes tubulares específicas para aquarismo (Aquarilux, Aquaglo e outras), e horticultura (Gro-lux, Sylvania). O custo para manter as condições luminosas constantes e ideais num aquário era elevado considerando a necessidade de troca após o período de 6-7 meses devido as perdas de desempenho (declínio de emissão de raios UV).
Nessa mesma década a popularização da internet propiciara a mudança de alguns conceitos sobre iluminação e já começava a ser difundido o hábito de substituir totalmente, ou parcialmente, as tubulares específicas por outras do tipo Luz-do-dia (LDD) com excelentes reproduções de cores (IRC) e compatíveis com as exigências fotossintéticas (ver o artigo Iluminação em aquários plantados:21 conceitos), aliadas a vantagem de serem encontradas em supermercados e lojas de materiais elétricos, bem mais baratas que as fluorescentes rosadas e com altos índices de emissão de lúmens por Watt consumido (Eficiência energética).
As lâmpadas LDDs também evoluíram e surgiram modelos cada vez mais eficientes com tubos de menores diâmetros (T10, T8, T5) e maiores emissões de lúmens, mas com todas essas vantagens essas lâmpadas tubulares ainda tinham as limitações impostas pelos Fabricantes quanto aos padrôes de tamanhos (comprimentos) adotados e que em geral se mostram inadequadas para iluminação de uma nova e crescente corrente aquarística: As montagens de pequenos aquários plantados (nano plantados), especialmente os de formato cúbico fora do padrão de comprimento da maioria das tubulares. Felizmente, uma inovação tecnológica se popularizava, impulsionada especialmente pelas campanhas federais e estaduais de racionalização de energia por quase todo país (período do "Apagão" em 2001) e a fabricação nacional e importação em massa de dezenas de modelos de lâmpadas que consumiam pouco, eram fáceis de instalar, com maior vida útil e maior luminância quando comparadas com as perdulárias incandescentes...Surgiam então as Lâmpadas Fluorescentes Compactas.
Tão logo os aquaristas perceberam que entre os diversos modelos disponíveis no mercado existiam alguns com emissão de luz com pico entre 6000 K e 6500 K, estas foram experimentadas e aprovadas nas montagens de nano-plantados e devido ao crescente incentivo a economia de energia seus preços já se mostravam competitivos com os das tubulares LDD, com a grande vantagem de serem compatíveis com os soquetes E-27 usados pelas lâmpadas incandescentes. Atualmente a evolução das compactas Daylight mantém-se focando principalmente o prolongamento da vída útil, maior eficiência energética e é claro: menores preços.
As principais considerações que podem ser citadas com o uso de Lâmpadas Compactas ( também chamadas de power compact) estão listadas abaixo.
Vantagens
1) Tamanho reduzido, podem ser empregadas em quase todos os tipos de luminárias;
2) Diversos modelos compatíveis com soquetes E-27 utilizados pelas incandescentes;
3) Diversos valores de potência (5 W, 7 W, 8 W, 9 W, 11 W, 12 W, 15 W, 18 W, 20 W, 22 W, 25 W, 26 W, etc.) e diversos tamanhos dos bulbos;
4) Excelente eficiência energética, (em geral 55-68 lumens/watt as mais comuns);
5) Podem ser compradas em supermercados, lojas de materiais elétricos,etc.
6) Disponíveis principalmente nas temperaturas de cor branca fria de 6400k e 6500k. Deve-se conferir especificações antes de adquirir, algumas são de 2700 K, luz amarela e outras de 4000k, cor branca morna;
7) Vida útil em geral de 6000, 8000 horas ou mais (atenção, algumas importadas chinesas têm vida útil estimada de apenas 3000 horas, observar na embalagem as especificações técnicas antes de adquirir).
8) Alguns modelos possuem reator não integrado (PLs), facilitando ainda mais seu aproveitamento em tampas pequenas (necessitam de soquete específico) e podem ser instaladas com boa distância desses reatores minimizando o aquecimento da água.
9) Já estão disponíveis modelos específicos para uso em aquários (cor rosada, azul, 1000 K, 14000 K, branca-fria de 7000 K, etc.); 10) Possibilidade, após o período de uso no aquário, de serem facilmente aproveitadas na iluminação residencial.
Desvantagens:
1) Os modelos acima de 20 wats são difíceis de achar, geralmente são encontrados apenas em lojas especializadas em materiais elétricos.
2) Os reatores integrados dos modelos compatíveis com soquetes E-27 podem aquecer a água do aquário quando usados em tampas fechadas e sem circulação de ar.
3) As melhores marcas costumam custar mais caro que as importadas chinesas, às vezes até o dobro do preço de uma tubular nacional de potência semelhante.
4) Alguns modelos com os de reatores integrados em corpo plástico com frisos para circulação de ar não resistem a umidade das tampas fechadas de aquários, oxidando e queimando o circuito com pouco tempo de uso, prefira sempre os de base lacrada.
5) Os modelos específicos para aquários ainda estão caras;
6) São frágeis, é necessário cuidado com seu manuseio (ler instruções na embalagem).
7) Concentram muito calor ao longo do pequeno bulbo, deve-se ter cuidado quando for aplicada alguma película reflexiva a base de plástico na face interna da tampa, evitando encostar o bulbo da lâmpada com a película com a consequência de queimá-la e até mesmo ocasionar um acidente sério.
Exemplo de películas plásticas: a)Película de vinil reflexiva (adquirida em lojas de serigrafia). b)Película "Alto-brilho", usada em luminárias de lâmpadas tubulares (adquirida em lojas especializadas em materiais elétricos).
É possível utilizá-las com segurança, desde que a lâmpada fique afastada da película.
Obs: um material que pode ser usado com segurança é o laminado de alumínio que se usa comumente na cozinha para embalar e assar alimentos.
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