quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Como podemos controlar os surtos de cianobactérias?

De acordo com estes estudos e minhas experiências, todas bem sucedidas, na erradicação de cianobactérias, é possível concluir que:
As cianobactérias são seres muito antigos, resistentes e altamente adaptáveis à vida em um aquário. A diminuição dos níveis de O2, aquários superpopulosos, mal filtrados e/ou acúmulo de detritos podem facilitar o surgimento destas pragas.

Cianobactérias preferem viver fixadas, pois não possuem grande capacidade de locomoção. Fixam-se através de uma camada gelatinosa que envolve e protege toda colônia, possibilitando, mesmo após uma sifonagem, a permanência de indivíduos suficientes para formação de uma nova colônia. Além disto, as cianobactérias podem se fixar em áreas que não podem ser sifonadas, como, por exemplo, em frestas, muito estreitas, de rochas, ou troncos.
Elas não se reproduzem apenas por esporos, por isto um filtro UV pode eliminar os esporos, mas ainda restarão as cianobactérias que se reproduzem através de divisão celular ou fragmentação.
A composição de sua membrana celular dificulta a ação dos antibióticos. A dosagem incorreta do antibiótico, ou por prazo insuficiente, pode gerar cianobactérias resistentes, obrigando a utilização de outros antibióticos, gerando possiveis problemas com a filtragem biológica. Nem todas as bacterias do filtro biológico são gram-negativas e portanto nem todas morrerão pelo efeito da eritromicina. Mas, já que usamos este antibiótico com sucesso e sem grandes problemas, é necessario manter seu uso adequadamente, evitando o aparecimento de bacterias resistentes e necessidade de uso de outros antibióticos cujos efeitos no aquario não conhecemos.
Concluo que a melhor forma para evitar infestações com cianobactérias é a minuciosa lavagem e desinfecção de qualquer elemento a ser introduzido no aquário, correto dimensionamento dos equipamentos de filtragem e circulação de água, jamais promover a superpopulação, evitar falhas na rotina de manutenção (sifonagens, trocas parciais semanais e limpeza de filtros).
A melhor forma para erradicação das cianobactérias é a realização de uma rotina de tratamento, que consiste na realização concomitante de sifonagens e aplicação de um antibiótico que tenha ação sobre bactérias Gram-negativas.
Atualmente, de acordo com artigo do colega Vladimir Simões, o antibiótico mais recomendado é a Eritromicina.

Aplica-se, diariamente, uma dose de 250 mg de Eritromicina para cada 100 litros de água, por um período de três dias. Antes e durante o tratamento é necessário executar sifonagens diárias para retirada de parte das colônias e também para manter sob controle os níveis de amônia. No quarto dia, um dia após o término do tratamento é indispensável a realização de sifonagem e troca de no mínimo 50% da água do aquário, o que recolocará os níveis de amônia em um patamar aceitável.

Esta rotina de tratamento deve ser executada com rigor e seriedade, pois a sobrevivência de cianobactérias a este tratamento pode causar o desenvolvimento de uma geração de cianobactérias resistentes a Eritromicina.

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